Sérgio Marques, especialista em Design Gráfico, Branding e Marketing Territorial

Sérgio Marques

Sérgio Marques possui mestrado em Gestão do Território e Urbanismo pela Universidade de Lisboa (IGOT), com uma dissertação na área de Marketing Territorial. Ao longo da sua carreira, adquiriu uma vasta experiência no desenvolvimento de projetos nas áreas de consultoria de marketing e design gráfico, tanto no setor privado como na administração pública. Trabalhou com o IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto), o IGAC (Inspeção Geral das Atividades Culturais) e desenvolveu o emblema e identidade visual do CD Santa Clara dos Açores, além de ter colaborado com o Centro Nacional de Cultura. A sua abordagem estratégica alia criatividade e funcionalidade, refletindo-se em identidades visuais, campanhas de marketing e soluções de design que contribuem para a promoção e valorização de territórios e marcas. Além da sua experiência em marketing e design, Sérgio também é artista plástico, tendo participado em diversas exposições e bienais, e possui o curso de pintura nível III da Sociedade Nacional de Belas Artes. A sua paixão pelo design e pelas artes é uma extensão natural da sua visão, procurando sempre criar peças que unam estética e propósito.

Rabo de Peixe: quando uma série muda a perceção de um lugar

O poder de uma história autêntica que transformou um nome estigmatizado num símbolo de identidade e orgulho açoriano.
O que era estigma passou a ser identidade. O que era silêncio transformou-se em voz. E o que era periferia tornou-se centro. De repente, com a serie da Netflix de Augosto Fraga , o mundo inteiro procurou Rabo de Peixe no Google. Descobriu que existe mesmo. Que tem mar, fé, gente trabalhadora e uma paisagem arrebatadora. Descobriu que há ali verdade. E essa verdade é, no fundo, a essência do marketing territorial involuntário – quando uma narrativa autêntica, sem plano estratégico prévio, acaba por projetar um território e redefinir o seu significado no imaginário coletivo.

Elevador da Glória: terá a tragédia ferido a marca-cidade de Lisboa?

O descarrilamento do Elevador da Glória não foi apenas um acidente técnico. Foi um choque humano e simbólico para Lisboa, para Portugal e para os milhares de turistas que veem naquela carruagem amarela e branca a essência da cidade. Mais do que um meio de transporte, o Elevador da Glória é uma imagem de marca de Lisboa — talvez até mais icónica que a própria Torre de Belém.

Marketing Territorial Portugal

Marketing Territorial em primeiro lugar: alinhar estratégia com identidade

Nos últimos anos, o debate sobre o futuro das cidades e regiões ganhou um novo fôlego. À medida que os territórios enfrentam pressões crescentes — desde a concorrência global por talento e investimento, até ao crescente descontentamento das populações locais — torna-se evidente a necessidade de repensar as estratégias de desenvolvimento. Neste contexto, o marketing territorial surge como uma abordagem fundamental para o planeamento estratégico, permitindo alinhar os interesses de promoção externa com as reais necessidades internas de um território.

Marketing Territorial Queluz, Sérgio Marques

Queluz: do Palácio Real à realidade esquecida – contributo para uma reflexão sobre o marketing territorial e a identidade urbana

Há mais de uma década, escrevi uma dissertação de mestrado sobre Queluz — não apenas sobre o seu património, mas sobre o seu potencial enquanto território com identidade, história e comunidade. Defendia, então, que o marketing territorial começa dentro de casa: com os residentes, com os actores locais, com as ruas onde se vive todos os dias. E que, só depois, se pode pensar em atrair visitantes, investimento ou atenção.

Hoje, revisitar Queluz é assistir ao esvaziamento progressivo de uma cidade com alma. O Palácio Nacional continua a ser um marco barroco único, mas à sua volta, a cidade tornou-se num dormitório, com espaços públicos desactivados, comércio enfraquecido e um sentimento de pertença em erosão constante.

Está o Design de Comunicação a ficar todo igual?

Está o Design de Comunicação a ficar todo igual?

Nos últimos anos, quem trabalha ou acompanha o mundo do design de comunicação pode ter-se apercebido de um fenómeno curioso — ou preocupante: a homogeneização visual. De startups a marcas públicas, passando por multinacionais e projetos culturais, os mesmos padrões repetem-se. Tipografia sans-serif, paletas de cores fortes e contrastantes, elementos minimalistas e um certo tom “neutro” dominam o panorama.

Exemplo de Marketing Territorial, Lisboa

“A Minha Ajuda”: quando a coesão social se constrói a partir do comércio local

Num tempo em que o comércio tradicional enfrenta a concorrência das grandes superfícies e das plataformas digitais, há territórios que resistem com criatividade, proximidade e visão estratégica. Um desses exemplos vem da Ajuda, em Lisboa, onde uma Junta de Freguesia decidiu agir de forma concreta. Em 2018, nasceu o Cartão “A Minha Ajuda”, um projeto inovador no contexto das freguesias que combina desenvolvimento económico local, coesão social e marketing territorial.

filme Metropolis 1927

IA em marcha: o design que sobrevive é o que pensa

Nos últimos tempos, tenho acompanhado — e sentido na pele — a forma como a inteligência artificial está a transformar profundamente o setor criativo, em particular o design e o web design. A mudança é real, visível e, por vezes, brutal. Muitas agências já reduziram equipas. Freelancers perdem trabalhos que antes eram certos. E a pergunta impõe-se: como reagir?

Exaemplo de Branding Territorial

Branding Territorial vs Marketing Territorial: qual é a diferença?

Nos últimos anos, a valorização dos territórios ganhou um novo protagonismo. Municípios, regiões e comunidades percebem cada vez mais a importância de se posicionarem de forma clara, autêntica e estratégica. No entanto, há ainda alguma confusão entre dois conceitos essenciais neste processo: branding territorial e marketing territorial.

Apesar de estarem interligados, não são sinónimos — e compreender essa distinção é fundamental para desenhar estratégias territoriais eficazes e sustentáveis.

Proposta Passaporte Português, por Sérgio Marques

Proposta de Passaporte Português 2025

Em 2025, apresentei uma proposta ao concurso público para o novo design do passaporte português. Apesar de não ter sido a proposta vencedora, acredito que o processo criativo em torno deste trabalho merece ser partilhado — não apenas como exercício de design gráfico, mas como contributo para uma reflexão mais ampla sobre como o território pode ser comunicado através da arte e dos símbolos