“It’s a machine’s world
Don’t tell me I ain’t got no soul
When the machines take over
It ain’t no place for rock ‘n’ roll
They tell me I don’t care
But deep inside, I’m just a man”
Queen, “Machines (Back to Humans)”
A revolução já não é uma previsão, é o presente
Com ferramentas como o ChatGPT, Figma AI, Midjourney, Webflow AI ou Canva Pro, tarefas que antes levavam dias passam a ser feitas em minutos — com uma qualidade que, para muitos clientes, já é “suficiente”. Isso tem impacto direto na estrutura das agências e na procura por serviços de design mais operacionais.
Mas há uma diferença que ainda não se copia: o pensamento
Apesar disso, acredito — e a minha experiência como designer e consultor de comunicação confirma — que os projetos com alma, com propósito, com visão estratégica, continuam a exigir algo que a IA ainda não tem: intenção e contexto. A IA gera, simula, combina. Mas não pensa criticamente. Não sente. Não comunica com sensibilidade.
É por isso que o verdadeiro valor do designer está a deslocar-se da execução para o pensamento. O que conta agora é a capacidade de fazer curadoria, pensar marcas de forma autêntica, cruzar cultura com identidade visual, e transformar tudo isso em experiências que criem ligação.
O futuro é de quem souber pensar — e adaptar
Acredito que o futuro será dominado por criativos híbridos: pessoas que dominam as ferramentas de IA, mas que as usam como extensão do cérebro e não como substituição do processo. Pessoas que unem estética, estratégia e tecnologia — e que sabem quando parar para ouvir, observar e sentir.
No citymarketing.pt, continuamos a apostar nesta visão. Não desenhamos apenas marcas — ajudamos territórios, empresas e ideias a encontrar o seu lugar no mundo. Com inteligência, sim. Mas, acima de tudo, com propósito.